A ideia da historieta #3 surgiu depois de passar algum tempo lendo postagens no linkedIN. Uma rede social maravilhosa que… Mentira! A verdade é que:

Eu Não Gosto do LinkedIN e muito menos de IA

É, eu não gosto do LinkedIN, nunca gostei e, se não fosse por estar tentando fazer o meu trabalho funcionar, provavelmente nem pisaria lá. Entendo que a rede não é somente uma reunião de coisas ruins, porém, sempre que acesso a área de postagens, sinto como se estivesse cercado por discursos como o da personagem Sr. Bola de Neve; discursos rasos, falsos, apelativos, e com o único objetivo de manipular.

Isso me incomoda muito, principalmente quando o discurso envolve questões sobre IA generativa no campo criativo. Não vou entrar muito nesse assunto porque esse é um texto de making of, mas, só para resumir: nada que eu faço utiliza IA generativa, nada que eu fiz utilizou IA generativa, e não tenho a menor pretensão em sequer testar IA generativa. Eu realmente não acho que o campo criativo tenha qualquer coisa a ganhar com a utilização dessa suposta ferramenta, então, fuckia!

Retomando: todos temos o nosso(s) modo(s) de lidar com o incômodo, e os meus são me calar ou ironizar. Então, depois de passar esse tempo lendo as postagens, fechei a rede, prometi a mim mesmo que não entraria mais lá e, basicamente, peguei meu caderno de rascunhos/rabiscos e comecei a ironizar os discursos que li, e alguns discursos que minha mente me levou a lembrar, na intenção de cuspir o amargo da boca, ou, se você preferir, de vomitar.

Esse processo foi rápido, direto, ríspido e, ao mesmo tempo, um calmante… Foi como desabafar; e quando me dei conta, o desabafo era um discurso apelativo, mas satírico, e isso me fez rir e querer compartilhar. Não só porque achei interessantemente engraçado, mas porque sempre fui uma pessoa que sofreu com o amanhã antes mesmo do hoje realmente começar, e falácias perpetuam esse vício, essa ansiedade, então combatê-la, e ajudar alguém a combatê-la, é algo que me interessa muito e, portanto, é algo ao qual eu quero me dedicar.

Uma Ilustração na Qual Mirar

A história, é claro, têm inspirações em situações reais, mas os alvos das sátiras eram os discursos e não pessoas que fizeram os discursos e, nesse sentido, julguei que seria mais interessante ilustrar a historieta antes de entrar no processo de revisão e reescrita, uma vez que isso me apresentaria a um inimigo representante, e poderia me ajudar a não entrar em um vórtex de crítica a alguém em particular.

Eu sabia que o ponto chave dos discursos eram as falácias, porém meu conhecimento acerca delas se restringia apenas à ideia geral da coisa; ou seja, eu sabia o que eram falácias, sabia de algumas estratégias falaciosas utilizadas, mas não conhecia todos os tipos existentes, e, bom, isso significa que eu também não sabia classificar o que estava no meu caderno. Então, antes de criar a personagem inimiga, foi preciso a realização de uma pesquisa e, do que eu aprendi, pude concluir que o discurso satírico rascunhado utilizava, primordialmente, da Falácia do Espantalho, da Falácia da Bola de Neve e da Falácia Escocesa para tentar convencer o público; e é por isso que o discursante virou um espantalho, chamado Sr. Bola de Neve, que se veste com uma saia escocesa e tem a postura de quem entende tudo e, portanto, pode tudo falar.

Eu não espero que os leitores façam a associação direta entre a descrição da personagem e as falácias, e nem acredito que isso seja necessário para entender que o texto é uma crítica por trás do sarcasmo; apenas acho que essas características possam ser interessantes para aqueles que já conhecem as classificações, assim como para aqueles que não conhecem, mas possuem o interesse em pesquisar. Quase como uma sensação de “aaahá!” para quem conseguir associar.

E o resto, o resto é história que já ouviram: revisão e reescrita, múltiplas vezes, até acabar.

Uma Sensação Sobre a Historieta

Hoje tenho a sensação de que essa não é uma historieta que agrada tanta gente, afinal, o lado da história é sucinto, e o que fica mais é a crítica. Sendo sincero, espero que esse não seja o caso, mas, se for, faz parte; no final, prezo pelos sentimentos que um texto quer/tem potencial de passar e estimular, e, quando eu me lembro dessa historieta, não consigo deixar de pensar que esse seria um texto que me atingiria, e um texto do qual eu iria gostar.

Espero que tenha gostado dessa história por trás da história!

Fiquem bem e nos vemos na próxima 😊

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