Fonte: www.tdvadilho.com |
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Onde as ideias vivem? O que elas comem? E o que elas fazem quando as estou procurando e não encontro?!
Conversando com uma leitora do site — Oi Thaís! —, acabei me motivando a tentar trazer um pouco mais de conteúdo para o blog, e, enquanto pensava no que poderia escrever, a ideia de falar sobre ideias surgiu, e é sobre isso que eu gostaria de conversar um pouco. Cerca de uma semana depois de postar o conto Próxima Parada, minha tia me perguntou sobre o meu processo de escrita e sobre como a ideia para esse conto havia surgido. Eu não tinha qualquer resposta para dar sobre a questão da ideia, mas, sobre o processo, foi bem tranquilo de explicar. A verdade é que a maior parte do meu processo é simples, e pode ser resumido em algo como: pensar, pesquisar, pensar, escrever, pensar, ler, pensar, apagar, pensar e reescrever E ficar nesse ciclo até acabar. Ou, pelo menos, até temporariamente acabar; porque, depois que um outro alguém ler o texto pela primeira vez — e aqui costuma ser o meu irmão —, eu ainda vou pensar e, muito provavelmente, reescrever, e depois ler, e pensar, e apagar, e você já imagina onde isso vai dar… “Em uma história?” Se tudo der certo, sim. Infelizmente têm vezes que não dá. Os meus cadernos, por exemplo, estão cheios de ideias, rascunhos e partes de histórias que decidi, ao menos por hora, não continuar. A única parte diferente do meu processo, que seria mais difícil de alguém imaginar, é que eu “atuo” enquanto escrevo, às vezes fechando os olhos e me imaginando dentro da história e, às vezes, imitando os personagens e as vozes que imagino para esses personagens, até me convencer de que as coisas estão fluídas e compreensivas o suficiente para passar para ou papel ou digitar. Ah, eu poderia dizer que também tenho a mania de abaixar a cabeça e apoiar nos meus braços sobre a mesa. Talvez isso me isole um pouco dos pensamentos e mundo de fora e me ajude a concentrar; ou, talvez — entendeu? —, seja só um jeito prático de descansar… Enfim, isso foi um pouco do que respondi à ela, mas ainda havia a questão sobre a ideia, que ficou pairando na minha mente por um bom tempo até eu perceber certas coisas que agora vou compartilhar. Para toda história que já escrevi (leia elas aqui), eu consigo destacar aquilo que me chamou a atenção — que é o que eu chamaria de inspiração —, mas, para mim, é impossível determinar claramente quando, e como, a ideia em si clicou, porque, no fundo, acho que é um processo rápido demais para sequer conseguir notar; e a ideia acaba sendo o resultado da mistura de pensamentos e da inserção dos sentimentos, que envolvem a inspiração e que, no final, vira algo com tantas ramificações que o começo parece ser impossível de se achar e até mesmo algo descoberto sem pensar. Faz sentido o que eu falei? Talvez faça, talvez não. Talvez seja a pior descrição que alguém poderia dar… Eu não sei. Eu só sei que depois de tanto pensar cheguei a conclusão de que a resposta para a pergunta “De onde veio a ideia para (complete da forma que quiser completar)?” não tem a menor importância, já que é algo, essencialmente, intangível demais para eu me preocupar. “Então por que você está falando disso?” Porque eu achei maravilhoso ser incapaz de responder essa pergunta com exatidão! A incapacidade de determinar como, e de onde a ideia em si veio, faz com que eu não possa automatizar o processo de ter ideias, e isso, por sua vez, me leva a querer liberar mais os meus sentimentos e a querer cultivar mais a minha criatividade para que eu tenha uma mistura que vai cercar aquilo que, de forma simples, vai me chamar a atenção e me inspirar :) Por hoje é isso, uma pergunta sem resposta, ou talvez com resposta, se a minha te bastar… A ideia (hehe) é trazer nas próximas postagens o que girou a chavinha e me levou a escrever cada conto, assim como um pouco da história por trás das histórias. O que você acha? Fique bem e até a próxima! ![]() Apoie a TocaA criação dessa postagem foi possível graças ao apoio dos leitores. Como forma de os homenagear e agradecer, deixo aqui alguns de seus nomes imortalizados nas páginas desse post ❤️ ![]() DiretamenteApoie por PIX ou com a compra dos meus livros e ilustrações. Todas as contribuições e compras fazem uma enorme diferença! IndiretamenteCompras afiliadas geram comissões que me permitem continuar criando. Clique no botão e compre normalmente; o preço não muda :) Sem custoSe inscreva na newsletter Cartas em Busca de um Lar e receba um ![]() Os imortalizados da vez são escolhidos sem qualquer comparação. TODO apoio faz uma enorme diferença, e escrever o nome de alguns apoiadores foi a forma que encontrei para tornar mais palpável o meu sentimento de gratidão. Esse sentimento, no entanto, é para com todos vocês que apoiam as histórias. Ainda que seu nome possa não tenha aparecido nessa edição,
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