Fonte: www.tdvadilho.com

Diário Não Diário #2: Coisas que Lembram Coisas

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 |  Cotidiano , Processos

 |  4 minutos

Comparação da antiga ilustração Imi em Meio as Flores com a nova
Certas coisas nos lembram de certas outras coisas que ainda outras certas coisas nos fizeram desconsiderar... Um pouco sobre o significado de ilustração

Não faz tanto tempo que descobri o que ilustrar realmente significava pra mim. Não estou falando do significado da palavra, é claro; estou me referindo ao sentimento por trás de toda a coisa.

Assim como na vida de tantas outras pessoas, desenhar fez parte de uma boa parte da minha infância; e, assim como na vida de tantas outras pessoas, desenhar deixou de fazer parte de uma boa — ou “boa” — parte da minha adolescência e da minha tentativa de ser adulto.

Não é que desenhar havia se tornado chato, mas, a forma como aprendi a me preparar para a vida adulta, talvez por ironia do destino, envolvia mil assuntos, tantos quanto possíveis, que iam de clorofila a números complexos, passando por eletrólise, eletrólitos, eletromagnetismo e eletrotralalá, menos ilustrar.

Simplesmente não era importante.
Até que passou a ser importante.
E o importante virou essencial.
E o essencial virou Ilustrar.

Ilustrar não era importante quando eu tinha meus planos de adolescente. Depois ficou importante quando esses planos falharam e outros tomaram o lugar. E então virou essencial quando a depressão chegou querendo colocar um ponto final…

Enfim, descobri o que ilustrar significava para mim quando vi o Marco Bucci ilustrar. Era liberdade, entende? O processo. A coisa mágica de soltar a mão e sentir que seus sentimentos estão sendo colocados lá. Uma das pouquíssimas coisas que resistia a depressão e o seu poder de soterrar.

E foi nesse momento que eu passei por esse caminho:

Antiga ilustração do Imi em Meio as Flores

Antiga ilustração do Imi em Meio as Flores

Antiga ilustração do Imi em Meio as Flores

Nova ilustração do Imi em Meio as Flores. Disponível na loja :)

Não foi nem estudo e prática constante, afinal, depois da primeira ilustração eu havia parado, por cerca de um ano, de ilustrar. Na verdade foi como um click. Foi literalmente o libertar…

De lá pra cá muita coisa rolou, mas o que importa para essa história é que há alguns bons-mals meses a liberdade do processo parecia ter desaparecido, e eu vinha me sentindo rígido; os traços já não pareciam mais expressivos e o processo era muito mais parecido com um lento arrastar.

Porém, felizmente, certas coisas nos lembram de certas outras coisas que ainda outras certas coisas nos fizeram desconsiderar.

E foi o que essa ilustração fez:

Ilustração Natal de 2024

Ilustração Natal de 2024. Confira minha gear e materiais aqui :)

O processo dela me fez, literalmente, literalmente mesmo, arrepiar.

Foi como um outro click. Mais um destravamento. Estou ansioso para saber o que isso vai libertar.

Espero que 2025 traga traços dançantes. E que esses traços tomem os olhos daqueles que os estiverem olhando para dançar. Tanto os meus, quanto os seus; se você decidir ilustrar :)

asssinatura TD Vadilho

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