Fonte: www.tdvadilho.com |
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Um texto de qualidade duvidosa, escrito sob o efeito da insônia, “dois” goles de café, e inveja da Rafa e da Bê que não param de roncar.
SumárioPara que fique claro que não fiz uma viagem no tempo, e isso apenas significa que esse texto foi escrito ontem :) Hora certa, Rogerinho | Parte 104:04. Fora o fato de que, obviamente, alguém está pensando em mim — horas e minutos iguais, é assim que funciona, não? —, isso significa que estou passando mais uma noite em claro, e, se não me engano, essa é a terceira noite da semana, e a oitava do mês. É. Eu tenho tido bastante insônia ultimamente. Começou no começo de Novembro e tem se arrastado desde então. É claro, eu durmo um pouco na parte da tarde, mas, bem longe de ser o ideal. Preocupações com isso, com aquilo, e o constante pensamento de que todo o esforço foi em vão e, aquilo que ainda não falhou, ainda vai falhar. É óbvio que isso atrapalha a criatividade, então, tenho tentado focar em coisas mais simples; fazer o que dá… Não porque estou respeitando o meu tempo e esse momento louco — nunca fui bom em me respeitar —, mas sim porque é simplesmente o que venho conseguindo realizar. As outras coisas, as complexas, estão em pausa, e o pouco que avancei vou ter que revisar e alterar. Mas é louco, não é? É madrugada, o branco do monitor ta fritando meus olhos porque não quero acender a luz e acordar a minha cachorra, e eu continuo a me preocupar… Hora certa, Rogerinho | Parte 215:00. Mentira. São 14:57, mas, como fiquei um pouco chateado que a pessoa parou de pensar em mim, vamos deixar 15:00 como uma forma de protesto sem causa. Comecei a primeira parte do texto como um desabafo de mim para mim mesmo. Era só mais uma entrada no diário que nunca mais iria olhar. Porém, a vida tem umas coisas engraçadas, uma delas aconteceu na madrugada e fiquei com vontade de compartilhar. Não, fique tranquilo(a), isso não é um texto LinkedIN que fala sobre como dei a volta por cima e o universo sorriu para mim depois de tanto me cutucar. Eu acabei de acordar, ainda estou com muito sono e vim digitar antes que a cama e o travesseiro consigam me convencer de que são muito mais interessantes do que eu tenho para contar — o que não falta muito para acontecer, mas, enfim… Lá pelas quatro e tantas da manhã, decidi deixar a Rafa na cama e arrastei a coberta até o sofá. Deitei todo torto pra me aconchegar com a Bê sem a incomodar. Ela virou de barriga pra cima, pediu carinho e, depois de uns minutos, foi pro outro lado do sofá se deitar. E aí, soturno, solitário, sonolento, saturado, subitamente senti um sugador de sangue — também conhecido como pernilongo — me picar. Saco! Travei uma batalha com esse pernilongo. Na verdade, com esses pernilongos. Vi um vídeo recentemente que explicava que o macho faz o som irritante para atestar se é seguro para a fêmea se alimentar. Um complô bem elaborado… Normalmente eu iria pesquisar mais sobre o assunto, antes de meter essa informação no meio. Mas, no estado em que estou, aceito qualquer coisa como sendo verdade, principalmente porque uma batalha em desvantagem numérica e sonérica me parece muito mais épica do que umas tentativas de tapas em um mosquitinho frágil que só queria se alimentar. De qualquer jeito, foi uma árdua batalha. Ele fazia zzzzzzz… pra cá e zzzzz… pra lá e eu dava um tapão pra lá e depois outro pra cá. Notou a troca? Sim, foi proposital. A batalha parecia estar acontecendo em câmera lenta no meu cérebro, então, é claro que não cheguei nem perto de os acertar. Não sei bem quanto tempo essa brincadeira durou. Só sei que em algum momento a Betina acordou, deu umas abocanhadas no ar(?), o zzzz parou e ela voltou a roncar. Isso mesmo. Em míseros dois segundos ela voltou a roncar. E aí, soturno, solitário, sonolento, saturado, suado, e a beira de um surto, liguei a TV e comecei a procurar algo para assistir. Sobe, desce, sobe, vira, acabei colocando em um desenho chamado Hilda, torcendo para que não fosse mais uma daquelas animações cheias de gritos e sem história alguma para contar. Para minha sorte, não era. Não assisti tantos episódios assim, acho que, no total, foram três. Ou quatro. Ou cinco… Bom, não importa. O que importa é que lá pelo episódio dois e meio o sol começou a bater fraquinho na cortina, e os pássaros começaram a acordar, e eu ouvi uma coruja, acredita?! — Eu moro em uma avenida, caminho para uma praça e o parque mais famoso da cidade. Noventa e nove ponto nove por cento do tempo é barulho de carro passando, gente falando e o som da vizinha estralando; então, ouvir uma coruja é “uau” — E então eu percebi que o som da TV estava no 10 (normalmente é 18 para cima por conta do barulho), e comecei a reparar que Hilda era um desenho gostosinho, e aí comecei a me sentir como na época em que, ainda criança, dormia na casa do meu primo, acordava cedíssimo e levava o cobertor e travesseiro para a sala para assistir Cartoon enquanto esperávamos, bem silenciosamente, o resto da casa levantar. E foi aí que finalmente peguei no sono, me sentindo no estado mais aconchegante do mundo… ![]() Imagem promocional do desenho de Hilda … Pena que, depois de uns 30 minutos, a Rafa decidiu me acordar porque queria que eu abrisse a porta para ela ir se aliviar. Ainda bem que eu amo ela, moela, então, abri a porta, depois ainda fiz carinho e, em algum momento, pisquei tão duro que acordei na cama, agora de pouco, lá pelas 14 e tralalá. E o que podemos aprender com tudo isso?! Sacanagem, poxa. Eu disse que não era uma história de LinkedIN… Porém, se fosse, teriam tantas possíveis lições… era só acrescentar uma última frase dizendo que a minha insônia cessou, a criatividade voltou e agora eu tenho o conhecimento secreto para te ajudar. Mas, no entanto, e ao invés disso, vou optar por terminar essa história dizendo: Espero que tenha se divertido. Jamais lute contra dois pernilongos sem a presença do seu pet. E, em caso de insônia, primeiro abra a porta para o quintal e, só depois, assista Hilda até o sono te derrubar. ![]() Apoie a TocaA criação dessa postagem foi possível graças ao apoio dos leitores. Como forma de os homenagear e agradecer, deixo aqui alguns de seus nomes imortalizados nas páginas desse post ❤️ ![]() DiretamenteApoie por PIX ou com a compra dos meus livros e ilustrações. Todas as contribuições e compras fazem uma enorme diferença! 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A vira-lata-caramelo-cobra-pinscher-quase-invisível e as “pequenas” pelúcias"... Título grande, não? Mas essa é, muito talvez, a melhor descrição
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